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Devido ao agravamento do problema de saúde do Prof. Celso Waack Bueno, a edição deste blogue estará suspensa temporariamente.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Guatemala

O riquíssimo artesanato guatemalteco, vendido a preços muito baixos nos mercados populares, especialmete em Chichicastenango, para reaparecer a altos preços nas lojas da América do Norte e da Europa.

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Neurocirurgia e cérebro saudável


Entrevista com o Dr. Paulo Niemeyer Filho – neurocirurgião que, recentemente, devolveu ao Maestro João Carlos Martins os movimentos no braço e mão esquerda, através de cirurgia no cérebro. Ele nos relembra os cuidados que devemos ter para manter uma mente sã, em entrevista à revista PODER.

PODER: O que fazer para melhorar o cérebro?

Resposta: Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se tu estás deprimido, reclamando de tudo, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?

PN: Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?

PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro? 

PN: Todo exagero.

Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância, etc.
O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra.
É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?

PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter e colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente que te faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?

PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente, com saúde e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.

PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?

PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

PODER: Você acredita em Deus?

PN: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vamos até a família e dizemos: "Ele está salvo". Aí, a família olha pra você e diz:"Graças a Deus!". Então, a gente acredita que não fomos apenas nós, que existe algo mais, independente de religião.


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A recuperação do rico

Paul Krugman

Poucos dias atrás, o "New York Times" publicou uma reportagem sobre uma sociedade que está sendo minada pela extrema desigualdade. Essa sociedade alega recompensar os melhores e mais brilhantes, independentemente do histórico familiar. Na prática, entretanto, os filhos dos ricos se beneficiam de oportunidades e contatos não disponíveis para os filhos de classe média e trabalhadora. E ficou claro a partir do artigo que a desigualdade entre a ideologia de meritocracia da sociedade e sua realidade cada vez mais oligárquica está surtindo um efeito profundamente desmoralizante. 

A reportagem ilustrou de modo sucinto o motivo da extrema desigualdade ser destrutiva, por que soam vazias as alegações de que a desigualdade de renda não importa desde que haja igualdade de oportunidade. Se os ricos são tão mais ricos do que o restante a ponto de viverem em um universo social e material diferente, esse simples fato transforma em tolice qualquer noção de oportunidade igual. 

A propósito, de que sociedade estamos falando? A resposta é: a Escola de Administração e Negócios de Harvard, uma instituição de elite, mas que agora é caracterizada por profunda divisão interna entre estudantes comuns e estudantes de famílias ricas. 

O fato, é claro, é que o que acontece na escola também acontece nos Estados Unidos --um fato apontado pelos dados mais recentes sobre as rendas dos contribuintes.

Os dados em questão foram compilados ao longo da última década pelos economistas Thomas Pikett e Emmanuel Saez, que usaram números da Receita Federal para estimar a concentração de renda nos Estados Unidos. Segundo a estimativa deles, as fatias superiores de renda receberam um golpe durante a Grande Recessão, à medida que coisas como ganhos de capital e bônus de Wall Street secaram temporariamente. Mas os ricos se recuperaram, a ponto de 95% dos ganhos da recuperação econômica desde 2009 terem ido para o famoso 1%. Na verdade, mais de 60% dos ganhos foram destinados ao 0,1% superior, pessoas com rendas anuais superiores a US$ 1,9 milhão. 

Basicamente, enquanto a grande maioria dos americanos ainda vive em uma economia deprimida, os ricos recuperaram quase todas as suas perdas e estão avançando ainda mais. 

Um aparte: esses números deveriam (mas provavelmente não vão) finalmente matar as alegações de que a crescente desigualdade envolve apenas os mais bem educados se saindo melhor do que aqueles com menor formação. Apenas uma pequena fração daqueles com formação universitária chega ao círculo encantado do 1%. Enquanto isso, muitos, até mesmo a maioria, dos jovens com ensino superior estão tendo muitas dificuldades. Eles têm diplomas, frequentemente obtidos por alto endividamento, mas muitos permanecem desempregados ou subempregados, enquanto muitos se veem em empregos que não utilizam sua educação cara. O sujeito com diploma universitário servindo café no Starbucks é um clichê, mas ele reflete uma situação muito real. 

E o que está provocando esses ganhos imensos de renda no topo? Há um debate intenso a respeito, com alguns economistas ainda alegando que rendas incrivelmente altas refletem contribuições comparavelmente incríveis à economia. Eu acho que vale notar que grande parte dessas rendas superaltas vêm do setor financeiro, que é, como você pode lembrar, o setor que os contribuintes tiveram que resgatar após seu colapso iminente ter ameaçado levar consigo toda a economia. 

De qualquer modo, seja lá o que estiver causando essa crescente concentração de renda no topo, o efeito dessa concentração está minando todos os valores que definem os Estados Unidos. Ano a ano, nós estamos nos afastando de nossos ideais. Privilégio herdado está acabando com a igualdade de oportunidade; o poder do dinheiro está acabando com a eficácia da democracia. 

E o que pode ser feito? Por ora, o tipo de transformação que ocorreu sob o New Deal --uma transformação que criou uma sociedade de classe média, não apenas por meio de programas de governo, mas aumentando enormemente o poder de barganha dos trabalhadores-- parece politicamente fora de alcance. Mas isso não significa que devemos desistir de passos menores, iniciativas que nivelem ao menos um pouco o campo de jogo. 

Veja, por exemplo, a proposta de Bill de Blasio, que ficou em primeiro nas primárias democratas de terça-feira e provavelmente será o próximo prefeito de Nova York, de fornecer ensino pré-escolar universal, pago com uma pequena sobretaxa sobre aqueles com rendas acima de US$ 500 mil. Os suspeitos habituais, é claro, estão gritando e falando sobre seus sentimentos feridos; eles têm feito muito disso nos últimos anos, mesmo quando fazem papéis de bandidos. Mas certamente isso é exatamente o tipo de coisa que deveríamos fazer: taxando a riqueza dos cada vez mais ricos, ao menos um pouco, para expandir as oportunidades para os filhos dos menos afortunados. 

Alguns comentaristas já estão sugerindo que a ascensão inesperada de De Blasio é o início de um novo populismo econômico, que sacudirá todo nosso sistema político. Isso parece prematuro, mas espero que estejam certos. Pois a desigualdade extrema ainda está crescendo --e está envenenando nossa sociedade. 

(Tradutor: George El Khouri Andolfato.Noticias.uol.com.br)

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Física indiana denuncia ditadura da indústria alimentícia

A ativista indiana Vandana Shiva, 59, que veio ao Brasil para fazer palestras sobre temas da Rio+20, durante o 3º Encontro Internacional de Agroecologia, em Botucatu, Estado de São Paulo.

Considerada a inimiga número um da indústria de transgênicos, a física e ativista indiana Vandana Shiva afirma que há uma ditadura do alimento, onde poucas e grandes corporações controlam toda a cadeia produtiva. E dá nome aos bois: Nestlé, Cargil, Monsanto, Pepsico e Walmart.
"Essas empresas querem se apropriar da alimentação humana e da evolução das sementes, que são um patrimônio da humanidade e resultado de milhões de anos de evolução das espécies", diz.
Crítica feroz à biopirataria, Shiva ressalta que a única maneira de combater o controle sobre a alimentação é o ativismo individual na hora de consumir produtos mais saudáveis e de melhor qualidade.

É possível alimentar o planeta sem usar transgênicos?
O único modo de alimentar o mundo é livrando-se das sementes transgênicas. Essas sementes não produzem alimentos, mas produtos industrializados. Como isso poderia ser a solução para fome? Só estão criando mais controle sobre as sementes. Desde 1995, quando as corporações obtiveram o direito de controlar as sementes, 284 mil fazendeiros cometeram suicídio na Índia. Nós perdemos 15 milhões de agricultores por causa de um design de produção agrária criado para acabar com a agricultura familiar.

Como mudar a alimentação do modelo agroindustrial para outro baseado na produção familiar e na distribuição local?
As pequenas fazendas produzem 80% dos alimentos comidos no mundo. As indústrias produzem commodities. Apenas 10% dos grãos de milho e soja são comidos por pessoas; o resto é 'comido' pelos carros, como biocombustíveis, e por animais. É possível elevar esses 80% para 100% protegendo a biodiversidade, a terra, os fazendeiros e a saúde pública. É apenas por meio da agroecologia que a produtividade agrícola pode aumentar.

Como as grandes corporações dominam a cadeia mundial de alimentos?
Se você olha para as quatro faces que determinam nossa comida, são todas controladas por grandes corporações. As sementes são controladas pela Monsanto por meio dos transgênicos; o comércio internacional é controlado por cinco empresas gigantes; o processamento é controlado por outras cinco, como a Nestlé e a PepsiCo; e o varejo está nas mãos de gigantes como o Walmart, que gosta de tirar o varejo dos pequenos comércios comunitários e com conexões muito diretas entre os produtores de comida e os consumidores. São correntes longas e invisíveis, onde 50% dos alimentos são perdidos.
Temos sim uma ditadura do alimento. A razão que eu viajei todo esse caminho até o Brasil é porque eu sou totalmente a favor da liberdade alimentícia, porque uma ditadura do alimento não é só uma ditadura. É o fim da vida.

Como as corporações chegaram a esse domínio?
Infelizmente, o chamado livre comércio trouxe a liberdade para as corporações, mas não para as pessoas. As corporações estão escrevendo as regras e se tornando os governantes.
Os direitos intelectuais acordados entre as organizações mundiais foram escritos pela Monsanto. Para eles, o problema era que os fazendeiros estavam guardando as sementes. E a solução que ofereceram foi dizer que guardar as sementes agora é um crime de propriedade intelectual. É isso o que dizem as regras da OMC. A Índia, o Brasil, a América Latina e a África deveriam dizer: 'Você não pode patentear a vida porque a vida não foi inventada. Pare com a biopirataria'.
Até agora, a revisão dessas regras não foi permitida, o que mostra que essas corporações ditam as regras. E não é apenas na OMC. A Monsanto escreveu o ato de proteção para o orçamento nos EUA. O vice-presidente da Cargill foi designado para escrever a lei de comércio e agricultura dos EUA.

É possível modificar esse cenário?
A única maneira de reverter essa situação é cada pessoa fazer seu papel de recuperar a liberdade e a democracia do alimento. Afinal, cada um de nós come duas ou três vezes ao dia. E o que nós comemos decide quem somos, se nosso cérebro está funcionando corretamente, ou nosso metabolismo está saudável ou, se por conta de micronutrientes, estamos nos tornando obesos. Isso afeta todo mundo: os mais pobres porque lhes foi negado o direito à comida; mas até os que podem comer porque não estão comendo comida. Chamo isso de anticomida, porque a comida deveria nos nutrir. A comida mortal que as corporações estão trazendo para nós destrói a capacidade da comida de nos nutrir e no lugar disso está nos causando doenças.
Cada um de nós deve se tornar um forte ativista da liberdade da comida e das sementes no nosso dia a dia. O que significa que temos que apoiar mais os fazendeiros e a agroecologia. Devemos ser comprometidos com a alimentação saudável.

Qual a importância do Brasil nesse jogo?
O Brasil tem um papel muito importante. De um lado, está uma agricultura altamente destrutiva e irresponsável, mantida pelas corporações, levando transgênicos, produtos químicos e piorando a fome. Do outro lado, está o modelo agroecológico, caracterizado pela diversidade, conhecimento popular, o melhor da ciência, e levando efetivamente comida às pessoas. Essa disputa está ocorrendo justamente aqui, no Brasil.
Provavelmente, o Brasil tem a maior proporção de diversidade de alimentos em sua agricultura. No entanto, a maior parte não é usada para a alimentação humana. Por exemplo, as plantações de cana-de-açúcar e soja vão para a alimentação de animais e para fabricação de combustíveis.
O Brasil é parte do que eles chamam de Brics. Eu não gosto de 'tijolos'. Eu prefiro plantas. Mas é um forte jogador na cena global, e os jogadores vão decidir como os outros jogam.

Qual o papel da sociedade urbana em relação à agricultura familiar?
É muito feliz. Não porque eu acredito que as áreas urbanas têm mais riqueza e mais poder, mas porque, por terem mais riqueza, têm mais responsabilidade. E porque eles controlam a tomada de decisões, tanto em termos de governamentais como a sua própria atitude em termos de consumo. Se eles mudassem sua postura de consumo para longe das corporações, comprando, sim, alimentos dos pequenos produtores, eles ajudariam não apenas o agricultor familiar, mas também ajudariam a Terra e seus próprios corpos.
Recentemente o presidente da Nestlé afirmou que é necessário privatizar o fornecimento da água.

Quais as consequências desse processo?
Tudo que é essencial à vida desde o começo da história, em todas as culturas, tem sido reconhecido como pertencente à sociedade. E isso inclui a semente, porque a semente é a base da comida, inclui a água porque água é vida. E são esses recursos que essas corporações gigantes querem enclausurar. Essas são as novas inclusões comerciais. Assim como na Inglaterra, eles enclausuraram a terra, e a tiraram dos camponeses para terem a revolução industrial.
Hoje, as corporações gigantes estão assumindo os bens comuns que são as sementes, a biodiversidade, a água. Quando a Nestlé diz que é necessário privatizar a água, eles estão, obviamente, pensando na necessidade de aumentar os lucros deles. Eles não estão pensando na necessidade dos aquíferos de serem sustentados e recarregados, porque corporações somente podem construir uma economia extrativa. Se eles privatizam a água, eles vão somente tirar a água para eles, o que significa que as comunidades locais são deixadas sem água. Então é um assalto.
As Nações Unidas têm de reconhecer que o direito à água é um direito humano. A Coca-Cola agora quer entrar no meu vale, um vale lindo no Himalaia, chamado Dune Valey. Em maio nós iniciamos uma campanha porque a privatização da água por essas empresas de engarrafamento significa, primeiro, que o direito universal à água é destruído. O aquífero, que pertence a todos, está agora engarrafado numa garrafa de 10 rupis que pode é acessível só aos ricos. Os pobres bebem apenas água contaminada.
A segunda coisa é que ela destrói água, e eu não sei por quanto tempo essa mineração poderá aguentar. A terceira é que ela polui. Sobram poucas fontes de águas puras, e, se eles realmente se importassem, deveriam limpar o pouco que sobra, ao invés de roubar o que resta limpo. Isto é roubo de água e, portanto, um crime contra a humanidade.
Essa dependência da Coca-Cola é um dos vícios da vida moderna. Nós temos muito mais bebidas saudáveis.
Na Índia, começamos uma campanha para as avós ensinassem aos seus netos as bebidas geladas que elas costumavam fazer. Somos um país tropical, sabemos como transformar qualquer fruta em uma bebida saborosa: um suco de manga crua, que é ótimo para prevenir insolação, uma mistura maravilhosa de sete grãos, que é como uma refeição completa e, se tomada no café da manhã, você não precisa de mais nada. As bebidas venenosas que são vendidas pela Nestlé e pela Coca-Cola roubam o nosso dinheiro, a nossa água e a nossa cultura.

Qual é a forma alternativa à globalização?
Originalmente, o livre comércio deveria reconhecer a liberdade de todas as espécies e por isso não destruiria nenhuma espécie nem ecossistema. Originalmente, o livre comércio reconheceria os direitos dos camponeses e dos povos indígenas e, por isso, não iria cortar as raízes. Reconheceria também os direitos dos pequenos agricultores familiares e iria cuidar para que existam preços justos, ao invés de tentar debilitar o preço por meio de dumping e jogando fora os produtos.
Um verdadeiro livre comércio seria a liberdade para as pessoas e não a liberdade para as corporações. O que nós temos agora é uma corporatização global com uma negligência total, uma destruição negligente e desatenta. O que precisamos é uma consciência livre que esteja profundamente ciente de nossa interconexão com outras espécies, outras culturas e com toda a humanidade. Temos que ser conscientes do dano que fazemos aos outros. Dessa forma, não vamos incrementar o tamanho de nossa pisada ecológica, mas vamos a reduzi-la.
E, na alimentação, a única forma em que você pode reduzir sua pisada é de mudar de agroindústria para agroecologia, mudar da distribuição global para distribuição local, mudar de um sistema violento, que depende do governo corporativo, para um sistema pacífico, que depende da comunidade e da solidariedade. No momento em que mudamos para isso, a pisada se reduz. Podemos ir do industrial e global para ecológico e local.

Como acelerar o processo de alinhamento entre os vários movimentos para um estilo de vida mais sustentável?
Agroecologistas, camponeses e agricultores familiares são, na minha opinião, os maiores, protetores do planeta. É o momento de os movimentos ecológicos perceberem que os verdadeiros ambientalistas são os agricultores, que realmente reconstroem o solo, que fazem o cultivo de uma forma que os besouros não sejam mortos, que protegem a água.
E o movimento pela saúde tem que perceber que os agricultores são os médicos, que fazer crescer comida saudável é a melhor contribuição que podemos fazer. No momento em que fazemos essas conexões, existe uma nova vida, porque a vida cresce por meio de inter-relações.


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Os dois 11 de setembro

Ataque por terra e ar ao Palácio de La Moneda, onde Allende permaneceu sozinho até a morte. (1973)

Pânico, poeira e escombros em Manhattan momentos após os ataques ao World Trade Center. (2001)

NOTAS RÁPIDAS


Facebook, Google, Yahoo e Microsoft 
Cobram milhões de dólares para deixar-se espionar (Página 12, Buenos Aires)

Mudança Climática
A elevação do nível dos oceanos já está avariando casas e empresas na costa. A qualidade do ar que respiramos está se tornando pior e ameaçando nossa saúde. Os oceanos estão ficando mais ácidos, pondo os peixes e toda a cadeia alimentar em risco. Muitos cientistas acreditam que a mudança climática vai estimular a expansão de pragas.
(The Climate Changing Projet)

Os terráqueos estão chegando
Um americano com pinta de Iron Man se apresenta: "Meu nome é Ryan, tenho 30 anos. Passei a vida explorando minhas capacidades, de piloto a mergulhador socorrista. Vou continuar me testando". Ayako, uma japonesa de 39, define-se em outros termos: "Desde os 5 anos tenho curiosidade de saber o que existe além do céu. Gosto de poesia, canto, filmes de comédia". O indiano Vinod, 31, quer ir sem olhar para trás, mesmo deixando em casa mulher e a filha de um ano, "porque basicamente sou um engenheiro de tecnologia da informação". Felipe, 21, estudante de geologia na USP, adora o que faz e quer continuar explorando solos por lá. "Se tenho bom humor? Ora, sou brasileiro. See you in Mars!"
Como os leitores já devem ter percebido, especialmente a partir do otimismo do Felipe, o que junta essas pessoas é o desejo de participar do primeiro núcleo de colonizadores humanos do planeta Marte. São candidatos a uma vaga no projeto Mars One, desenvolvido por uma fundação holandesa "not for profit", mas se pintar um lucrinho, por que não? Desde abril, quando o projeto foi lançado, mais de 200 mil pessoas ao redor do mundo já se inscreveram nele. Serão selecionadas por critérios não muito claros, em que fala alto a capacidade de adaptação, evidentemente. E, a partir de 2015, depois de várias peneiras, 40 finalistas começarão um treinamento intensivo para viajar até o Planeta Vermelho em 2022, voozinho básico de sete meses de duração, non stop. Detalhe: vão viajar até Marte para nunca mais voltar. Chegou, ficou. Para sempre. Que tal?
(Laura Greenhalgh – O Estado de São Paulo)

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