Postagem em destaque

Devido ao agravamento do problema de saúde do Prof. Celso Waack Bueno, a edição deste blogue estará suspensa temporariamente.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Feliz mundo novo


No sistema em que vivemos, tanto as empresas produtoras de bens, como as comerciais, padecem da necessidade de crescimento constante, ou perderão o mercado para concorrentes. Por sua vez, compelidas pela propaganda comercial, e pela neurótica busca constante por padrões elevados de consumo, que lhes conferem prestígio, as pessoas tendem a consumir sempre mais. Enquanto o progresso técnico permite lançar constantemente novos produtos no mercado, incrementando produção e consumo. Todos crescem juntos, até mesmo a produção e uso de armas, e a indústria de materiais de construção, para reconstruir o que as armas destroem. O descaso com o meio ambiente multiplica os agentes transmissores de doenças, bem como, para tratá-las, aumenta a produção da indústria químico-farmacêutica. É todo um abrangente sistema voltado  para o aumento da produção e do consumo, a despeito  dos danos sociais e ambientais que causa. Um sistema que funciona pela apropriação de recursos naturais e esforço de trabalho mundo afora, para alimentar superconsumo em áreas privilegiadas. Ante a ameaça de esgotamento dos recursos naturais, já se cogita, na cúpula desse sistema, na redução da população mundial, para que sobrem recursos para alimentar as economias de desperdício. É tudo insensato, irresponsável, sob a direção de pessoas tresloucadas pelo excesso de poder que detêm. Tínhamos um agradável planeta para habitar, mas resolvemos destruí-lo  –  nós incluídos.


Qual a lógica dessa tendência ao suicídio coletivo?

Por quê cogitar da redução da população mundial, se poderemos obter o mesmo efeito reduzindo os desperdícios. Há estudos, feitos nos próprios Estados Unidos, que mostram que a eliminação dos desperdícios de alimentos, ocorridos nos lares americanos, seria suficiente para acabar com a fome na África – o continente onde morrem de fome, a cada ano, mais de um milhão de pessoas, mas de onde continuam sendo arrancadas grandes quantidades de recursos naturais a baixos preços.

Até quando vamos tolerar absurdos como esses?

Somos seres humanos e, como qualquer animal, deveríamos ser solidários com nossa espécie, mas continuamos matando humanos em quantidade crescente. Para quê?
Na linha do horizonte, porém, podemos divisar um mundo diferente, um mundo muito melhor, que está ainda ao nosso alcance. Basta que resolvamos adotar uma progressiva reorientação da evolução sócio-econômica, orientada pelo bom senso e objetivando o equilíbrio. Tanto os meios, como os fins, de um processo como esse são viáveis, já o demonstraram estudos prévios de uma Conferência Global que seria realizada em 1980, mas não o foi devido a manobras políticas escusas. Pressionemos pela nova convocação de uma Conferência Global, com os mesmos fins. Mostremos que entre  as pessoas paralisadas pelo medo, ou pela aspiração a passar para o lado beneficiário, ainda há um número suficiente de pessoas conscientes e destemidas, capazes de acionar um processo de transformações, que irá crescendo, em direção a um mundo de dignidade e confiança. Podemos, e devemos fazê-lo. A Terra é o nosso único mundo. E esta a única vida de todos nós. Desfrutemos a vida na Terra, respeitando-a.


 -----------------------------OOO--------------------------------

Saiba mais sobre este assunto. Leia o livro
DESENVOLVIMENTO GENERALIZÁVEL 
Apenas 35,00 (saiba mais sobre o livro: https://goo.gl/lIwcd2)

Ou adquira o outro livro
A REALIDADE SUBJACENTE
Apenas 25,00

PROMOÇÃO PELOS DOIS LIVROS: 45,00

Peça pelo email cwbueno@yahoo.com.br
Inclua seu nome e endereço no email
O Correio lhe entregará o(s) livro(s).
O livro Desenvolvimento e Convergência aguarda sua quarta edição. 

domingo, 25 de dezembro de 2016

O livro mais recente: Desenvolvimento Generalizável




UM NATAL PARA TODOS


É chegada a festa maior para o mundo cristão. A alegria, aliada à devoção, está por toda parte.  É a época das ceias, dos presentes, das viagens... Porém época de muitos gastos, portanto, para os que dispõem de recursos.  Outros irão assistir pela televisão, ou observar à distância, a alegria reinante. Mas há os que nem para isso dispõem de condições, continuando, em pleno Natal, sua luta pela sobrevivência – a luta permanentemente enfrentada por grande parte da população no mundo cristão, e pela maioria, se numa perspectiva mundial.

Teriam os que dispõem de recursos consciência de que sua situação confortável depende do desconforto dos demais? De que, ao mesmo tempo em que se servem em suas ceias de Natal, muitas outras pessoas mundo afora estarão sucumbindo à fome (mais de um milhão a cada ano)? Teriam essas pessoas consciência de que o “desenvolvimento” de que se beneficiam também aumenta a miséria? Pois em geral se acredita ser crescimento o desenvolvimento, sendo o crescimento o objetivo principal das atividades econômicas, sociais e políticas, sem que se tome  consciência de que  o aumento contínuo da produção se faz, e sempre se fez, com a apropriação a baixos preços dos recursos naturais e humanos, de que resulta a devastação natural e a indução da miséria.  Ao contrário, o real desenvolvimento é a melhoria social, sem dano ambiental.

Infelizmente, com raras exceções, a pregação das diferentes religiões ignora essa verdade fundamental, da qual é imprescindível tomar-se consciência, para que possamos avançar em direção a uma sociedade em que o bem estar de uns não dependa da desgraça de outros, em que a euforia de uma festa como o Natal possa ser vivida por todos – o que seria a situação ideal, à qual poderíamos ser conduzidos com a adoção do desenvolvimento generalizável.


-----------------------------OOO--------------------------------

Saiba mais sobre este assunto. Leia o livro
DESENVOLVIMENTO GENERALIZÁVEL 
Apenas 35,00 (saiba mais sobre o livro: https://goo.gl/lIwcd2)

Ou adquira o outro livro
A REALIDADE SUBJACENTE
Apenas 25,00

PROMOÇÃO PELOS DOIS LIVROS: 45,00

Peça pelo email cwbueno@yahoo.com.br
Inclua seu nome e endereço no email
O Correio lhe entregará o(s) livro(s).

O livro Desenvolvimento e Convergência aguarda sua quarta edição. 


-----------------------------OOO--------------------------------   

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Alternativas ao Sistema Atual


                               
           
      Na década dos anos 70, as sucessivas crises econômicas, e a deterioração crescente das  condições sociais e ambientais, já haviam despertado a consciência da necessidade da adoção de uma nova ordem econômica, o que foi proposto pelas Nações Unidas, contando com o apoio do presidente Carter, dos Estados Unidos, sendo para isso convocada uma Conferência Global, a ser realizada em 1980.  No entanto, o presidente Reagan, que sucedeu a Carter, se recusou dar seguimento ao processo.  De lá para cá o processo de crise só vem se agravando, tornando imperioso voltar à iniciativa da Conferência Global.
           
      Entrementes, nada impede que pessoas, ou grupos, se afastem do sistema atual, passando a viver de forma independente. De há muito tem havido iniciativas nesse sentido, como é o caso da atuação dos anarquistas, enquanto também houve, e muitas persistem, modalidades alternativas, individuais ou coletivas, cujo denominador comum tem sido viver fora do sistema atual.  O próprio cooperativismo se enquadra nessa categoria, ainda que muitas cooperativas tenham evoluído para se tornar grandes empresas, até mesmo chegando a explorar os cooperados.  Mas a idéia da cooperação para atender necessidades coletivas continua válida, crescendo em importância – podendo ser usada para o abastecimento de alimentos, para a saúde, a educação, a cultura, o lazer, e até mesmo para a segurança. A administração dessas atividades pela cooperação entre cidadãos será mais confiável e mais barata do que manter-se cada cidadão isolado frente ao mercado, fiando-se na proteção de entidades públicas de escassas eficiência e confiabilidade.                                                                                          
      O recurso a esse tipo de alternativas pode ir sendo ampliado, em direção à criação de uma sociedade paralela – livre e autogerida. Já há aliás grande número de comunidades, geralmente em áreas rurais e cultivando a terra, que optaram por viver apartadas do degradante sistema atual. A idéia central é a de que a sociedade vá simplesmente abandonando o sistema criado e mantido pela acumulação concentradora, para criar uma sociedade paralela, gerida pelo bom senso e dirigida ao equilíbrio.     

      De preferência essa ação seria associada a um movimento em prol da democracia direta, isto é, sem intermediações de políticos e partidos, tradicionalmente não confiáveis, por serem apenas um poder intermediário, tendente a se acomodar ao poder maior, mesmo traindo seus supostos representados.

      Há ainda a cooperação horizontal entre países e a cooperação em nível mundial entre movimentos populares.  Tudo isso pode ir sendo estimulado e ampliado, mas sempre mantendo o apelo pela retomada das negociações globais, sendo que, antes, durante e depois das negociações globais, será relevante a contribuição dos intelectuais conscientes

      Em último caso – se não houver avanços em transformações ou negociações –, seria admissível recorrer-se a ações mais incisivas.  O centro das ações nessa etapa seria então o rechaço da dominação financeira – o âmago do sistema de dominação e espoliação em sua forma atual. Não se recorreria mais ao crédito, e não seriam pagas as dívidas já existentes, salvo as contraídas entre pessoas (se não agiotas).  Pareceria algo não ético?  Mas por acaso há ética na catastrófica situação hoje criada, para dano de milhões de pessoas?  Da parte de governos, caberia decretar a moratória das dívidas públicas – melhor simultaneamente por um conjunto de países, para dificultar represálias.

      No entanto, as negociações globais são o caminho mais sensato, e mais viável, para chegar à decisão de empreender a reorientação do sistema atual, decisão que já fora aprovada na assembleia geral extraordinária das Nações Unidas de 1974, que convocou a Conferência Global.  Esteve-se assim muito perto de fazer prevalecer o bom senso. Mas, face ao agravamento contínuo da situação desde então, adentrando mesmo na atualidade o nível de uma hecatombe, torna-se imperativo obedecer ao óbvio, que é insistir na busca por um desenvolvimento viável, em direção ao equilíbrio. Este texto visa contribuir para isso, com sua proposta do Desenvolvimento Generalizável  –  o desenvolvimento que pode ser levado a todos; que tem o homem como objetivo, e não como instrumento para uma acumulação cada vez mais concentrada.      

-----------------------------OOO--------------------------------

Saiba mais sobre este assunto. Leia o livro
DESENVOLVIMENTO GENERALIZÁVEL
Apenas 35,00

Ou adquira meu outro livro
A REALIDADE SUBJACENTE
Apenas 25,00

PROMOÇÃO PELOS DOIS LIVROS: 45,00

Peça pelo email cwbueno@yahoo.com.br
Inclua seu nome e endereço no email
O Correio lhe entregará o(s) livro(s) e receberá o pagamento: valor do(s) livro(s) + taxa de envio (cerca de 7,00).
O livro Desenvolvimento e Convergência aguarda sua quarta edição. 

-----------------------------OOO--------------------------------   

sábado, 10 de dezembro de 2016

Panorama do mundo atual



As imagens abaixo expõem as condições de violência e miséria com que convive a maioria da população mundial, enquanto minorias desfrutam de bem estar e abundância, associados a elevada geração de desperdícios. Vários estudos demonstram que a eliminação desses desperdícios geraria recursos suficientes para acabar com a miséria no mundo. Que estamos esperando para cobrar medidas nesse sentido?  













   
Veja na Página do Facebook o comentário Paz na Terra.

-----------------------------OOO--------------------------------

Saiba mais sobre este assunto. Leia o livro
DESENVOLVIMENTO GENERALIZÁVEL
Apenas 35,00

Ou adquira meu outro livro
A REALIDADE SUBJACENTE
Apenas 25,00

PROMOÇÃO PELOS DOIS LIVROS: 45,00

Peça pelo email cwbueno@yahoo.com.br
Inclua seu nome e endereço no email
O Correio lhe entregará o(s) livro(s) e receberá o pagamento: valor do(s) livro(s) + taxa de envio (cerca de 7,00).
O livro Desenvolvimento e Convergência aguarda sua quarta edição. 

-----------------------------OOO--------------------------------

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Sabe o homem para onde está indo?




A acumulação concentradora foi moldando sociedades, tornando-as  essencialmente competitivas.  Sua reversão induziria pois um perfil oposto, baseado na solidariedade.  Não é uma quimera pretender chegar a uma sociedade desse tipo – ela seria uma decorrência natural da reversão da acumulação concentradora a uma acumulação social.  Para essa reversão seria necessário empreender mudanças condicionantes da própria evolução – não as mudanças apenas corretivas de aspectos da evolução atual.

A acumulação concentradora deu origem a várias etapas tecnológicas de nossa história. A tecnologia da navegação transoceânica – por exemplo  – foi criada para que se mantivesse o comércio com o Oriente, tendo sido o capital de  comerciantes que financiou seu desenvolvimento em Sagres.  A contínua expansão do comércio gerou a necessidade de aumentar a produtividade, donde a criação de máquinas, instrumentos e novas fontes de energia que produziram a industrialização. A intensa atividade comercial e industrial, que se seguiu, já em âmbito mundial, requereu a expansão e maior complexidade das atividades gerenciais, o que foi viabilizado pelo desenvolvimento da informática-eletrônica, a qual, posteriormente, também viabilizou o consumismo popular. Grande parte da pesquisa científica e tecnológica é desenvolvida em função dos interesses do processo de acumulação, e por eles financiada.  A indústria de armamentos – por exemplo – é diretamente de interesse da manutenção e expansão da acumulação concentradora.  Na sociedade mundial atual, os hábitos de consumo, e portanto a maneira de viver, são  moldados em função dos bens postos à venda, que são mais condicionantes, do que resultantes, dos hábitos de consumo.

Esse é um processo que independe de formas ou pessoas. A acumulação concentradora foi moldando preferências e atitudes que se incorporaram à cultura de sucessivas gerações – uma cultura que prioriza a ascensão social no plano individual e o crescimento da produção no plano social, sendo que a ascensão social de cada um depende de seu sucesso em contribuir para o crescimento da produção,  características que remanescem a despeito de mudanças nas formas de produção.  A obsessão pelo crescimento, associada à obsessão pela ascensão social, são uma postura dominante na sociedade, e arraigada na mente humana. 
A participação no poder não se atém, no entanto, a um grupo fechado, a ele se agregando os que ascendem ao poder nas novas etapas tecnológicas  – como há pessoas ou entidades, integrantes do poder, que vão deixando de existir, ou vão ficando à margem do poder.  O poder mundial é pois uma síntese de poderes, escalonada  piramidalmente, com poder crescente da base para o ápice, mas com ascensão e descenso em seu interior.  Em suma, podemos entender o poder mundial como um todo amorfo  e dinâmico, mantido coeso pela obsessão em ascender e pela compulsão ao crescimento.  Sua resultante catastrófica resultaria menos de opções pessoais de seus integrantes, do que de tendências de longo prazo por eles obedecidas para se manterem no poder.
No entanto, há também tendências que se formam independentemente da acumulação concentradora.  Esse tipo de tendências inclui atualmente a tomada de consciência da realidade sócio-econômica-ambiental, consciência que vem se ampliando, e pode chegar a deter a  acumulação concentradora.  Em contrapartida, porém, a acumulação concentradora está escudada  pela  mentalidade  por ela moldada ao longo de milênios, assim  como por poderosos instrumentos de corrupção e represálias.   Portanto, a tomada de consciência terá de chegar a ser suficiente para suplantar esses obstáculos, criando assim  condições para reverter as tendências dominantes atuais    Mantidas essas tendências dominantes atuais, ou a natureza acaba com o homem, e se regenera a partir disso, ou o homem acaba com a natureza, mas ele incluído.  


-----------------------------OOO--------------------------------

Saiba mais sobre este assunto. Leia o livro
DESENVOLVIMENTO GENERALIZÁVEL
Apenas 35,00

Ou adquira meu outro livro
A REALIDADE SUBJACENTE
Apenas 25,00

PROMOÇÃO PELOS DOIS LIVROS: 45,00

Peça pelo email cwbueno@yahoo.com.br
Inclua seu nome e endereço no email
O Correio lhe entregará o(s) livro(s) e receberá o pagamento: valor do(s) livro(s) + taxa de envio (cerca de 7,00).
O livro Desenvolvimento e Convergência aguarda sua quarta edição. 


-----------------------------OOO--------------------------------
Veja o artigo "Os protestos populares se ampliam" na Página do Facebook. 

sábado, 26 de novembro de 2016

O que é o Desenvolvimento Generalizável





É o desenvolvimento que pode ser levado a todos.
O que tem sido entendido como desenvolvimento é um processo acumulação concentradora, isto é, um processo de acumulação de poder, conseguida pela apropriação crescente de recursos naturais e humanos. Através de séculos, minorias têm se apropriado de forma crescente do uso dos recursos naturais e do trabalho, devastando os recursos naturais e superexplorando os trabalhadores. É um processo, portanto, que jamais poderá ser levado a todos, pois as melhorias que ele leva a alguns dependem da exploração de muitos outros. Esse processo se verifica também ao nível de países, quando alguns países vão aumentando seu poder pela expropriação dos recursos naturais e do esforço de trabalho de muitos outros países. E os contrastes assim se ampliam sempre, embora se difunda a ilusão de que os dominados vão “chegar lá”, enquanto a realidade é que os recursos naturais da Terra já estão se esgotando, impedindo que até mesmo os dominadores “continuem lá”. Ao mesmo tempo, a luta pelo poder divide e enfraquece a todos. Até ao nível máximo do poder mundial, onde há a disputa entre seus integrantes, agora entre homens já enlouquecidos pela enorme acumulação que manejam, a ponto de alguns já pretenderem reduzir a população mundial, para que sobrem recursos para a manutenção dos padrões de desperdício dos países ricos, embora esteja provado que ao nível atual ainda haja recursos para que todos vivam bem, sendo na verdade o real problema mundial a má distribuição de recursos. Não é possível que as pessoas de bom senso continuem tolerando essa série de absurdos. O Desenvolvimento Generalizável consiste, ao contrário, em um processo sensato de progressiva redistribuição de benefícios, em direção a uma sociedade, não de iguais, mas de iguais oportunidades.


 

  Oxfam

 Evidências da extrema concentração
             
São aqui reunidos alguns testemunhos sobre a extrema concentração a que se chegou na época atual, e seus efeitos devastadores.

Poder global
Um estudo da Universidade de Zurich (Suíça) revelou que um pequeno grupo de 147 grandes corporações transnacionais, principalmente financeiras e mineiro-extrativas, na prática controlam a economia global.

Desigualdade mundial 
A renda das 100 pessoas mais ricas poderia acabar com a miséria no mundo. A renda líquida obtida em 2012 pelas 100 pessoas mais ricas do mundo, 240 bilhões de dólares, poderia acabar quatro vezes com a extrema pobreza no planeta. O mundo hoje está construído para ampliar a desigualdade e não há sinais de mudança.  A informação está num relatório da ONG britânica Oxfam.

A concentração da riqueza        
Apenas 85 pessoas no mundo detêm 46% de toda a riqueza produzida no planeta.  Mesmo percentual de metade da população – segundo relatório divulgado no Fórum Econômico de Davos, na Suíça. O documento realça a incapacidade de políticos e líderes empresariais em deter o crescimento da desigualdade econômica.

 A má distribuição dos recursos
O estudo das Nações Unidas The future of the World Economy, coordenado pelo Prêmio Nobel  Wassily Leontief, deixou claro que o maior problema do mundo não é a escassez de recursos, mas sua má distribuição, especialmente com respeito a alimentos. 

Pobreza extrema
Dezenas de milhões de pessoas no mundo estão submetidas a condições abjetas de pobreza. 
US Government – The Global 2000 Report to the President (Carter)

Consumo de minerais
Em três décadas o mundo consumiu cerca de quatro vezes a quantidade de minerais consumida durante toda a história anterior da civilização.
Também de The Future of the World Economy   

Regime alimentar e capacidade da Terra
Se todo o mundo comesse como um americano, seria necessário dispor de cinco   Terras.
Terre, terriens et statistiques  (Nações Unidas)

Fome e desperdícios 
As Nações Unidas informam: 925 milhões de habitantes da Terra passam fome atualmente. Uma criança morre de fome a cada seis segundos.  222 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas a cada ano nos países ricos, o que equivale  aproximadamente ao total de alimentos produzidos a cada ano na África. 
          

Gastos militares e fome 
Um levantamento do Banco Mundial informa que menos de 5% dos investimentos militares globais, que somam cerca de US$ 1,7 trilhão por ano, já seriam suficientes para combater a fome e a extrema pobreza, preservar o meio ambiente e prover melhores condições sociais para as populações mais carentes do mundo.

Padrões insustentáveis

As principais causas da deterioração ininterrupta do meio ambiente são os padrões insustentáveis de consumo e produção, especialmente nos países industrializados.             Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento.

-----------------------------OOO--------------------------------

Saiba mais sobre este assunto. Leia o livro
DESENVOLVIMENTO GENERALIZÁVEL
Apenas 35,00

Ou adquira meu outro livro
A REALIDADE SUBJACENTE
Apenas 25,00

PROMOÇÃO PELOS DOIS LIVROS: 45,00

Peça pelo email cwbueno@yahoo.com.br
Inclua seu nome e endereço no email
O Correio lhe entregará o(s) livro(s) e receberá o pagamento: valor do(s) livro(s) + taxa de envio (cerca de 7,00).
O livro Desenvolvimento e Convergência aguarda sua quarta edição. 

-----------------------------OOO--------------------------------

Veja na Página do Facebook o artigo "Pele Negra, Máscara Brancas"

sábado, 19 de novembro de 2016

Os custos da hipertrofia urbana e o papel dos subsídios








O diferencial de renda rural–urbano, necessário para a industrialização, vai viabilizando uma série de atividades, que passam a proliferar na áreas urbanas, aproveitando a concentração de renda que beneficia consumidores urbanos  Mas as cidades vão adquirindo dinâmica própria de crescimento, que transcende a industrialização. Tanto essas atividades, como  as atividades industriais, criam empregos, atraem mais pessoas, e forçam portanto mais serviços urbanos, como também mais recursos públicos para pagar por eles.

Algum grau de urbanização é desejável socialmente. É mais barato, por exemplo, levar os serviços de educação e saúde a pessoas agrupadas, do que a pessoas dispersas no campo. Ademais, há a vantagem da convivência. As aldeias européias, que são comunidades rurais, são um exemplo dessas vantagens.  Até um determinado nível, a urbanização vai gerando as chamadas economias de escala, no caso, os menores custos dos serviços. A partir de certo ponto, no entanto, o crescimento passa a gerar também deseconomias de aglomeração, isto é, custos gerados pela excessiva concentração de pessoas – transporte público, sobrecarga sobre os pavimentos, custo maior para o abastecimento de água e energia, acúmulo de lixo, poluição de vários tipos, etc. O ponto ótimo de urbanização seria portanto aquele em que as deseconomias de aglomeração igualassem as economias de escala – antes, se perderiam economias de escala; depois, as desvantagens superariam as vantagens. 

Esse ótimo de urbanização variará de acordo com a evolução técnica e as mudanças de hábitos; mas é certo que as grandes concentrações urbanas de hoje estão muito além desse ótimo, gerando enormes deseconomias. Mas o crescimento continua, porque os governos passam a subsidiar os serviços urbanos, permitindo que novas empresas venham ali se instalar, aumentando a renda dos impostos municipais, embora aumentem em maior proporção as deseconomias de aglomeração.  Mas por essas deseconomias ninguém tem consciência de estar pagando – são externalidades que recaem sobre o conjunto da sociedade. No entanto  as empresas que ali se instalarem se beneficiarão com a facilidade de fechar negócios, com a facilidade de recrutar mão-de-obra, com a dimensão do mercado local e outras vantagens, sem no entanto pagar pelas deseconomias de aglomeração. E na medida em que esse crescimento continue, aumentarão também os subsídios públicos, normalmente então requerendo recursos de arrecadação de diferentes níveis de governo. Trata-se pois de um importante processo de apropriação de renda, porque, através de impostos, contribuintes não residentes pagarão,  com parte de sua renda pessoal,  pelas deseconomias geradas por esses grandes centros. Assim, a eliminação dos subsídios interromperia a hipertrofia urbana e a apropriação da renda de não beneficiários, enquanto propiciaria uma ocupação mais homogênea do território, com vantagens econômicas, sociais e ambientais.

Em vez desse processo irracional de outorga de subsídios, seria lógica a adoção de um princípio semelhante ao que orienta os defensores do equilíbrio ambiental – o princípio do poluidor-pagador. Aqui se trataria de adotar o princípio do beneficiário-pagador, isto é, quem aufere os benefícios deve pagar pelos custos, o que desestimularia a hipertrofia urbana e induziria uma ocupação mais homogênea do território. 

Pressionados pelos custos dos serviços urbanos, inclusive os da extensa burocracia ligada á sua complexa administração, as municipalidades dos grandes centros urbanos entram todas em situação financeira precária, necessitando apoio a níveis mais altos de governo. Isso é geral, comum a qualquer grande centro. Nova York – cronicamente endividada    é socorrida com frequência por avais do tesouro federal. Paris é um sorvedouro de recursos de toda a França, induzindo protestos das demais áreas, e assim por diante. Mas nesses países ricos há de onde tirar os recursos, enquanto no Terceiro Mundo isso custa simplesmente mais miséria. São recursos escassos, necessitados para a expansão de atividades produtivas e a elevação do nível de capitalização humana, imobilizados em equipamento urbano, que é improdutivo.

Mas como é possível que a tão altos custos, e aliás com a  qualidade da vida aí declinando, essas aglomerações urbanas continuem crescendo? Isso só se dá porque seus serviços urbanos são subsidiados, isto é, o poder público cobra aos usuários, direta ou indiretamente, preços inferiores aos custos reais. E assim tem sido durante todo o processo de desenvolvimento urbano – as tarifas muitas vezes não cobrem sequer os custos de operação, e quase nunca cobrem os custos de construção. Para essas construções, as municipalidades recebem empréstimos  estaduais, federais e até créditos externos, que não alcançam resgatar.

As coletividades nacionais arcam, portanto, com os custos de urbanização dos grandes centros. Se fosse imposta a regra de cobrar aos usuários os custos reais dos serviços, essas grandes cidades se esvaziariam. Se a regra sempre houvesse existido, elas nunca se teriam formado.

O desenvolvimento industrial e urbano no Terceiro Mundo vai assim continuando, com custos econômicos, sociais e ambientais crescentes. Mesmo nas áreas mais privilegiadas pelo processo – os grandes centros – as condições de vida pioram. Louva–se a atividade cultural aí desenvolvida, mas os trabalhadores não têm acesso a ela, como não têm acesso aos “prazeres da vida noturna”, isto é, o lazer comercializado (eles não têm dinheiro para isso, e têm de levantar cedo). Os trabalhadores apenas sobrevivem penosamente nesses grandes centros, não consumindo os bem que produzem, não morando nos edifícios que constroem, somando ás muitas horas de trabalho as muitas horas de transporte. E há a poluição do ar, a poluição sonora, a poluição visual, a poluição social...No século passado, houve quem louvasse a urbanização por livrar os trabalhadores da “estupidez da vida rural”. Hoje, no entanto, eles estão sujeitos á estupidez da vida nos grandes centros. 

Se assim é, restariam as aglomerações de tamanho sensato, que otimizem o uso dos recursos, e não dependam de subsídios – onde a vida será física e mentalmente mais saudável, as possibilidades de participação maiores, e onde pode também haver acesso á cultura, através dos meios de comunicação, ou da própria criatividade da população local. Chegar a isso passa pela eliminação progressiva da apropriação concentradora de recursos, do que resultaria uma elevação progressiva dos padrões nas áreas rurais e nas pequenas localidades, em paralelo a uma diminuição do ritmo de crescimento, e posterior estabilização, dos grandes centros, e – a longo prazo – uma nova estrutura de ocupação do território, mais homogênea. Ademais, a sociedade seria aliviada de boa parte do encargo de pagar por subsídios.

Subsídios públicos são realocação de recursos, pagos pela coletividade, sendo o recurso transferido para empresas ou para programas e projetos, em benefício de regiões ou entidades específicas, alheias maiormente a quem pagou pelo benefício, como ocorre amplamente no caso do desenvolvimento urbano. O subsídio gera estímulos de um lado, mas desestimula de outro. Nem sempre se justificam os subsídios, pois muitos projetos são auto-financiáveis.    Mas com frequência o poder público não lança mão das oportunidades de auto-financiamento,  pagando então total ou parcialmente com recursos a serem  obtidos por empréstimos, que aumentam portanto a dívida pública, em outro encargo que recairá também sobre a coletividade. 

Isso poderia no entanto ser evitado, pois os investimentos públicos, se viáveis, é porque podem ser auto-financiados. Aliás, inversamente, se não viáveis, é porque não devem ser implantados,  Em caso algum  é sensato que o governo pague a obra, isto é, a coletividade a pague, deixando os beneficiários livres de qualquer encargo. O correto, portanto, é obedecer ao que tenha sido concluído no estudo de viabilidade de um projeto público. Se inviável, não se o faz; se viável, é porque pode, e deve, ser auto-financiado, ficando o governo, e portanto a coletividade, livres do encargo dos subsídios, e aliás também do encargo das dívidas contraídas para pagar pelas muitas outras concessões de subsídios, isto é, pelas muitas outras socializações de custos.

A isso  se acresçam os subsídios diretos ás exportações, os subsídios á importação de equipamento pelas indústrias, os subsídios á importação de insumos, o crédito subsidiado ás atividades privilegiadas pelo modelo econômico, as isenções de imposto etc.; como ainda podem ser somados os custos – não pagos pelas empresas – dos danos ambientais e sanitários que causam, bem como os custos, assumidos pelos governos, da maior parte da formação de pessoal qualificado para as empresas, e da pesquisa básica de que as empresas se beneficiam.

Nesse quadro, é natural que os governos mergulhem em déficits gigantescos, pelo que se culpa – candidamente – o gasto com o funcionalismo. Há desperdício com o funcionalismo, mas a grande maioria dos funcionários é necessária para manter funcionando a estrutura administrativa requerida pelo modelo econômico prevalecente. Os desperdícios efetivos com o funcionalismo, portanto, são insignificantes, se comparados aos gigantescos dispêndios governamentais em apoio a esse modelo econômico inviável.

Por tudo isso, o bom senso recomenda que seja adotado, para nortear a política de investimentos do setor público, o critério do Estado captar os benefícios de seus investimentos,. Recuperando assim os recursos investidos, o Estado pode reinvestir esses recursos em outros projetos, sem ter de aumentar indefinidamente a dívida pública.
A não racionalização do financiamento dos investimentos públicos generaliza o recurso imediatista ao crédito, que resulta ser com frequência o crédito externo. O resultado geral dessas distorções é que não haja atualmente países não endividados.

DÍVIDA PÚBLICA % PIB - LISTA DE PAÍSES
Último 
Anterior
Maior
Menor
104.17
2015-12

103
122
31.7
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/united-states/government-debt-to-gdp&version=20151231
90.70
2015-12

92
92
64.9
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/euro-area/government-debt-to-gdp&version=20151231
43.90
2015-12

41.1
43.9
20.5
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/china/government-debt-to-gdp&version=20151231
229.20
2015-12

226
229
50.6
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/japan/government-debt-to-gdp&version=20151231
71.20
2015-12

74.7
81
54.8
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/germany/government-debt-to-gdp&version=20151231
89.20
2015-12

88.2
89.2
31.3
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/united-kingdom/government-debt-to-gdp&version=20151231
96.10
2015-12

95.3
96.1
20.7
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/france/government-debt-to-gdp&version=20151231
67.20
2015-12

66.2
84.2
66
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/india/government-debt-to-gdp&version=20151231
132.70
2015-12

132
133
90.5
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/italy/government-debt-to-gdp&version=20151231
66.23
2015-12

56.8
60.9
53.4
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/brazil/government-debt-to-gdp&version=20151231
91.50
2015-12

86.2
102
66.5
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/canada/government-debt-to-gdp&version=20151231
35.12
2014-12

33.76
35.12
8.24
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/south-korea/government-debt-to-gdp&version=20141231
36.80
2015-12

34.1
36.8
9.7
%
Anual

http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/australia/government-debt-to-gdp&version=20151231
17.70
2015-12

16.3
99
6.5
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/russia/government-debt-to-gdp&version=20151231
99.20
2015-12

99.3
99.3
16.6
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/spain/government-debt-to-gdp&version=20151231
43.20
2015-12

28.6
37.2
17.1
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/mexico/government-debt-to-gdp&version=20151231
27.00
2015-12

24.9
87.43
22.96
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/indonesia/government-debt-to-gdp&version=20151231

27.00
2015-12

24.9
87.43
22.96
%
Anual
http://cdn.tradingeconomics.com/charts/preview.png?h=15&w=30&n=4&y=0&y2=0&x=0&title=false&lbl=0&bg=0&url=/indonesia/government-debt-to-gdp&version=20151231


-----------------------------OOO--------------------------------

Saiba mais sobre este assunto. Leia o livro
DESENVOLVIMENTO GENERALIZÁVEL
Apenas 35,00

Ou adquira meu outro livro
A REALIDADE SUBJACENTE
Apenas 25,00

PROMOÇÃO PELOS DOIS LIVROS: 45,00

Peça pelo email cwbueno@yahoo.com.br
Inclua seu nome e endereço no email
O Correio lhe entregará o(s) livro(s) e receberá o pagamento: valor do(s) livro(s) + taxa de envio (cerca de 7,00).
O livro Desenvolvimento e Convergência aguarda sua quarta edição. 

-----------------------------OOO--------------------------------